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Foto do escritorComendador Felipe Frazão

Quadragésima Sétima Entrevista Com A Banda Brasileira The Cross



Bem,amigos da Aristocracia!Desta vez,a banda é brasileira.Conversaremos,mostraremos e ouviremos em todas as suas emoções,A quadragésima sexta entrevista com a Primeira Banda Brasileira de Doom Metal.A The Cross mostra literalmente seu segundo álbum intitulado como Act II:Walls Of The Forgotten.Vamos a apresentações deles antes da conversa que fizemos com o vocalista,além é claro de fazer um grande agradecimento ao meu fabuloso amigo italiano que me ajuda neste trabalho.Davide Pulito,você é um italiano muito especial pra mim.A banda teve participações especiais de algumas pessoas:Albert Bell (FORSAKEN, NOMAD SON), Leo Stivala (FORSAKEN), Achraf Loudiy (AETERNAM) e por último,mas com a mesma importância Aaron Stainthorpe (MY DYING BRIDE).

A banda é formada por:Eduardo Slayer como Vocalista,Paulo Monteiro na Base da Guitarra,Daniel Fauaze na Guitarra Principal,Leandro Kastyphas como Baixista e Luis Fernando na Bateria.Última informação:Eles são de Salvador,Bahia.Boa terra pro Doom.

A1:Falando sobre o trabalho de composição em Walls Of The Forgotten?

Eduardo: O álbum Act II: Walls Of The Forgotten foi trabalhado completamente no modelo “home office” por conta da pandemia.Cada membro trabalhou individualmente e fomos aos poucos encaixando as peças até termos o trabalho finalizado. Contamos com as participações mais que especiais dos nossos amigos e irmãos, Aaron Stainthorpe (My Dying Bride), Leo Stivala (Forsaken), Albert Bell (Forsaken) e Achraf Loudiy (Aeternam). Esse álbum é com certeza um marco para o doom metal.

A2:Como você disse, você teve a ideia do álbum na pandemia, mas que outros desastres aconteceram para influenciar a banda?

Eduardo:Nós não nos influenciamos por desastres. A pandemia foi uma infelicidade de nível global, e não deixamos de trabalhar por conta disso, muito pelo contrário, lançamos ao menos 4 novos materiais entre 2020 a 2022.

A3:Nelson Rodrigues disse que idiotas iriam ganhar e na verdade, ele estava certo. Mas não seríamos os mesmos idiotas se tivéssemos tentado mais?

Eduardo:Nelson Rodrigues disse que os idiotas venceriam porque são muitos, e sim, ele estava certo, existem muitos idiotas por aí. Porém, ser idiota é um conceito que pode variar de ponto de vista.

A4:Para Oscar Wilde, a alma do homem é socialista. Mas para nós entrevistadores e músicos, o metal é todo o nosso sistema físico, mental e espiritual?

Eduardo: O metal em seus primórdios pode ser considerado um sistema mental e espiritual, por caracterizar um modo de vida. Porém, atualmente não se vive mais o metal como nos seus primórdios, a evolução da tecnologia deixou tudo muito fácil hahaha. Porém, continuamos fazendo nossa parte como podemos.

A5:Lovecraft sempre fica orgulhoso quando um headbanger lê. Mas além dele, há outros na cabeça da banda?

Eduardo:Gostaríamos muito que Lovecraft estivesse vivo para ver como muitos músicos se inspiram na sua obra, ele certamente ficaria orgulhoso com quão gigante é sua influência. Sobre outros autores, basta ouvir a última faixa do disco The Cross (2017), chamada Poe’s Silence, por exemplo.

A6:Algum filme inspira a banda?

Eduardo:Nenhum em específico.

A7:Quão desafiador foi convocar a antiga formação para retornar?

Eduardo: A banda não voltou com a formação antiga, o único membro da formação original é o vocalista, Eduardo Slayer.

A8:Existe lodo ou veio de stoner na banda?

Eduardo:Surgimos em 1990, com influências de Black Sabbath, Trouble, Candlemass e My Dying Bride, puramente doom.

A9:Que tipo de assunto não merece uma música do The Cross?

Eduardo:Não criamos este tipo de empecilho nas composições, nossos membros são livres pra escrever e compor sobre qualquer coisa, isto é visto na diversidade de temas que possuímos.

A10:Qual é a ideia por trás do álbum de arte?

Eduardo:A arte simboliza o Castelo de Sonnenstein, na Alemanha, inicialmente construído para ser um hospital psiquiátrico que funcionou entre 1811 a 1945. Durante a 2ª Guerra Mundial, serviu como um centro do programa chamado Aktion T4 (eutanásia em massa e experimentos em humanos) durante o 3º Reich. A música retrata os horrores do local, com o eu lírico retratando um espirito atormentado, que morreu em decorrência destes experimentos.

A11:Poderia uma dessas paredes das referências esquecidas estar na 2ª guerra?

Eduardo: Você se retrata ao título do álbum? Se sim, a “parede dos esquecidos” simboliza o túmulo das divindades cósmicas, a letra é completamente inspirada em Lovecraft.

A12:Você acha que sua banda é complexa?

Eduardo:Essa resposta deixo para todos que ouvirão o Act II responderem hahaha.

A13:Este álbum é conceitual? sim ou não e por quê?

Eduardo: Não diria conceitual, pois como eu disse antes, abordamos diversos temas, de diversas formas diferentes, cada membro tem uma mente própria e isso implica em composições próprias, então, não foi seguido um padrão que o defina como conceitual.

A14:A Depressão é o mal deste século ou é casada com a pandemia?

Eduardo:A depressão é o mal da existência humana, desde os seus primórdios.

A15: morte é tratada de forma pessimista pela banda?

Eduardo:Não, é tratada de forma realista, afinal, é a única certeza que temos.

A16:O homem é um animal que carrega o cadáver nas costas o tempo todo?

Eduardo:O homem é sim um animal “i”rracional, mas carregar o cadáver nas costas é uma coisa que vai de cada um.

A17:É melhor pensar no ser humano como uma agonia do que um animal por saúde?

Eduardo:Não acho melhor uma ou outra das opções. O ser humano é muito complexo pra ser definido em poucos termos, afinal, toda a nossa existência nesse planeta foi construída por eles.


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